segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Intolerância!!!



Outro dia, na faculdade, fiquei impressionado com o que contou uma professora em sala de aula acerca de um episódio que culminou com a morte de um colega professor. Contou ela que ele havia se envolvido em uma confusão no trânsito após ter seu carro atingido na traseira por outro veículo, uma camioneta. Ao descer, já alterado - contou ela -, foi recebido a bala pelo outro motorista.

Uma outra versão que ouvi, diz que na verdade o carro do professor "pregou" e o motorista da camioneta, um policial não identificado, ficou irritado e deu uma "encostadinha" na traseira do carro. O professor não gostou, com razão, e desceu pra saber o por quê daquilo. Foi recebido à bala.

Fato é que o projétil atingiu-lhe a clavícula, um pulmão e, o pior, a medula espinhal, deixando-o paraplégico. Quando todos pensavam estar ele fora de perigo, apesar de paralisado da cintura pra baixo, recebem a triste notícia de seu falecimento, em razão de o pulmão (não o atingido, o outro) ter se enchido de líquido durante um ataque de vômito, ainda no hospital.

OUTRA HISTÓRIA

Já ontem à noite (12/08/07), outra história de extrema irracionalidade no trânsito:

Um monza envolveu-se em uma pequena abalrroada com um Van na Estrada de Ribamar, à altura do Posto Lima Verde. Sem razão no ocorrido, o motorista do Monza não quis negociar e tentou evadir-se do local, quando um dos frentistas do posto meteu a mão pelo vidro da porta para tentar puxar a chave do carro. Nesse momento, o motorista arrancou o carro arrastando-o, e causando ferimentos graves nos pés, pernas e braços (na queda). O Monza foi seguido de moto por colegas do frentista que o interceptaram logo a frente. Eu sei que acabaram por linchar o motorista, que foi socorrido pela polícia e levado ao socorrão, e atear fogo no carro, que tá lá pra quem quiser (veja fotos acima, feitas com o meu celular).

Em ambas as histórias, um absurdo sem tamanho. Confesso que, ao escrever este post, fiquei imaginando um título, e a única palavra que me veio à mente foi INTOLERÂNCIA. A onde vamos com tanta violência. Nada justifica o que ocorreu com o professor e com o pobre coitado do frentista e, menos ainda, com o motorista do Monza. Mesmo que o professor descesse do carro falando cobras e lagartos, mesmo que o motorista se sentisse ameaçado, mesmo que tenha feito o que fez.

Caramba. Sinto medo do trânsito de São Luis, dos motoristas, das pessoas. E pra quem não sabe, São Luis tem os piores condutores do Brasil. Mas isso é assunto para outro post. A única coisa que podemos fazer é torcer pra não dar de cara com esse policial em sua camioneta no trânsito e com os amigos do frentista.

Hoje mesmo, meu carro "morreu" na Avenida Jerônimo de Albuquerque e, mesmo com o pisca-alerta ligado, os motoristas atrás de mim ficavam buzinando e xingando. Juro por Deus que só pensava nesse maldido que atirou no professor. Nossa, que animais. Valha-me Deus! O Iraque é aqui!?!?!

Visão de Planejamento.

Certa vez, um caçador contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir algo que pudesse lhe facilitar o trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar. Desse modo, o caçador teria facilitada a sua ação. Entusiasmado com o instrumento, o caçador e mais dois outros amigos foram à caça. O grupo deu de cara com um feroz tigre e de imediato o caçador pôs-se a tocar a flauta. Milagrosamente, o tigre, que já estava próximo de um de seus amigos, começou a dançar e foi fuzilado à queima roupa. E foi assim, a flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando. Ao final do dia, o grupo deparou-se com um leão faminto, a flauta soou, mas o leão não dançou, ao contrário foi devorando os amigos do caçador. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais mas, sem resultado algum. E acabou sendo devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam e um deles observou com sabedoria: "Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem o surdinho..."

MORAL DA HISTÓRIA: Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo. Um dia podem não dar. Tenha sempre planos de contingência; prepare alternativas para as situações imprevistas, esteja atento as mudanças e não espere as dificuldades para agir. "Cuidado com o leão surdo".