quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A ERA DA PIRATARIA

By Jeisael Marx


O que você acha de pagar R$ 40, 00 pra ter na sua estante um CD do seu artista preferido? Ou que tal desembolsar R$ 120,00 pra ter guardado em casa um DVD daquele filmaço? Ou tirar do seu salário R$ 50,00 pra ter o prazer de ler um livro só seu? Muito caro, né? E é, mesmo pra quem ganha razoavelmente bem.

Melhor seria baixar pela internet, de graça, a música que você quiser; encostar na esquina e comprar 3 filmes por dez conto da mão do pirateiro; baixar o livro em PDF na rede. Sim. Uma economia super-hiper-mega-considerável. No caso do filme em DVD, é mais barato comprar do que ir à locadora. Mas isso é crime, é o que diz a legislação.

O Estado perde arrecadação, pessoas perdem seus empregos, o autor intelectual da obra deixa de receber, etc. Isso é fato. Deixemos de lado os apelos hipócritas das grandes gravadoras/produtoras e dos artistas endinheirados, coisas do tipo "filme pirata danifica seu aparelho", tentando nos dissuadir.

Consumir cultura ainda custa muito caro. Seria a pirataria uma alternativa? Pagar R$ 40,00 num CD com certeza é que não é uma alternativa. Particularmente, acho que o sistema já era. A internet tá cada vez mais democratizada, e as pessoas, até nos lugares mais distantes, têm acesso à informação e também à cultura.

A grande massa, ao seu modo, está acabando com o privilégio dos poucos que podiam consumir cultura. Não adiantam as novas tecnologias e leis empregadas no intuíto de frear esse processo. Não há volta. Que venha o Blue Ray Disc, apregoado por muitos como possível solução para os casos dos filmes piratas. As grades que limtavam o povão deixaram de existir.

Conceitos ultrapassados de direitos autorais caem por terra, proporcionando à humanidade aprender, ver, ouvir, ler, ter acesso virtual ou real ao que existe de mais belo criado pela capacidade intelectual do homem: filmes, pinturas, músicas, livros.

Não faço apologia à pirataria. Pelo contrário, sou ferrenho defensor da anti-pirataria. E o sou com a autoridade de quem já sofreu grande prejuízo por conta da mesma como empresário do ramo de vídeo-locadora e como músico. Faço aqui apenas a leitura racional dos fatos. E, sinceramente, vejo que não adianta remar contra a maré. Basta lembrar que até o Presidente já foi flagrado com filme pirata.

O sistema já era.