sexta-feira, 26 de junho de 2009

A morte do menino infeliz

By Jeisael Marx

O Rei do Pop não morreu. Nunca vai morrer. Agora, mais do que nunca, é que vai viver.
Mas o ser humano Michael Joseph Jackson, o sétimo de nove filhos do casal Katherine e Joseph Jackson, já não tinha vida havia muito tempo. Michael e seus irmãos sofreram constante abuso do pai durante a infância. Joseph batia com frequência nas crianças e aterrorizava-os piscologicamente.

O astro confessou em 1993 numa entrevista que chorou várias vezes de solidão na infância e muitas vezes vomitava só em ver o pai. Em 2003 no documentário Living With Michael Jackson, chorou ao lembrar da infância.


Sua vida foi uma tragédia. Sua música e sua carreira eram sua válvula de escape. Foi um personagem controverso. Vários aspectos de sua vida pessoal chocaram e chamaram a atenção do mundo, como a mudança radical de sua aparência, a acusação de abuso de crianças, seus casamentos, e os filhos gerados todos por inseminção artificial. Sofreu crises de saúde desde o início dos anos 90 e sofreu também com notícias sobre problemas financeiros.

Para o mundo, uma história de mitos e lendas. Queria Michael ser branco? Era um pedófilo? Ou gay? Será que fez sexo um dia? Será que Michael existiu?

Arnaldo Jabor certa vez escreveu que toda androginia, toda maluquice, inconsequencias e desatinos do Michael, era porque ele era infeliz. Acho que o que o matou foi a tristeza. Que porcaria de vida infeliz.

Michael Jackson, The King Of Pop, era apenas um artista que estava dando certo, encantando milhões de pessoas ao redor do mundo. Tinha todos aos seus pés. Mas era solitário e triste. Michael ja estava morto. Carregou seu cadaver infeliz até onde foi possível.

Enquanto um astro nascia para o mundo, um ser humano ia perdendo sua essência. Ninguém jamais compreenderá o tamanho da dor e sofrimento do eterno garoto.
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(O novo título do post foi dado por Walter Rodrigues que reproduziu o texto em seu blog http://www.walter-rodrigues.jor.br/)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A favor da pirataria


Com apenas 21 anos e com um pé no Parlamento Europeu, Amelia Andersdotter (foto) vai além do contraste de idade com os políticos (mais velhos) que costumam se eleger para a casa.

Voz ativa em defesa do download livre na internet, na contramão da atual política de direitos autorais, ela acha que a bilionária indústria de entretenimento deve se virar para achar uma forma de continuar a lucrar.

Amelia Andersdotter é integrante do Partido Pirata e quase se elege para o congresso da Suécia. Ela não conseguiu, mas o seu Partido, que defende o download livre, tem uma vaga garantida no Parlamento Europeu - um congresso para legislar sobre assuntos comuns da Europa - após receber 7,1% dos votos suecos.

E pode levar mais uma vaga se uma lei que amplia o número de parlamentares for ratificada. Quando isso acontecer, Amélia, que foi a segunda candidata mais votada do Partido Pirata, ocupará uma cadeira no Parlamento.

Até agora, 26 dos 27 países do bloco já a aprovaram a ratificação da lei. Só falta a Irlanda, que deve votar o tema em outubro. A Pirata diz estar confiante de que, em seis meses, estará no Parlamento".

Para conhecer Amélia, faça uma busca no Google ou no YouTube. A moça não é a toa não.

Dono do Boi Pintado detido

Sivio Serra foi detido na DPCA quando foi ao local apresentar um documento ao juiz com autorizações de pais de menores para que elas dançassem nas apresentações do Boi Pintado.

Assinou a confissão. Comprova que há menores no boi dançando com os seios de fora. E pior é que os pais teriam dado autorização.

Mas continuo achando o caso um teatro. E cheio de exageros, tanto por parte da justiça quando do Boi quanto dos pais das meninas.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Boi Pintado barrado pela justiça

By Jeisael Marx

O Boi Pintado está proíbido de se apresentar por determinação da justiça. A alegação é de que haveria menores dançando no grupo com os seios (nus) cobertos apenas por pinturas.
Soube da notícia através do Jornal Aqui Maranhão. Só que ou a história tá mal contada pelo jornal ou tem coisa (muito) errada aí.

A decisão do Juiz não deveria proibir qualquer apresentação do Boi. Deveria proibir a apresentação das garotas no Boi. Ou proibir a apresentação delas de seios de fora. Me parece muito radical a proibição total. É matar mosquito com bala de canhão.

Segundo o jornal, a decisão liminar foi em resposta a uma ação cautelar interposta ontem mesmo pelo promotor de Infância e Juventude, que alega ter recebido denúncias acerca do assunto.

Aí me soa da seguinte forma: todo mundo é culpado até que se prove o contrário. Não seria pra ser diferente? Partiu-se do pressuposto de que haveria, isso mesmo, haveria - quer dizer que não há provas - somente denúncias, e logo se decidiu, ainda que liminarmente, pela proibição do Boi se apresentar.

O promotor diz que a ação foi proposta no sentido de resguardar as crianças e adolescentes, tanto as que estariam se apresentando como as que estariam assintindo a brincadeira. E que baseou-se no artigo 240 do ECA que proíbe apresentações teatrais ou qualquer outra ação com elementos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes.

Ora. Pornográfico? Isso é pornografia? Tem coisas bem mais pornográficas na TV e ninguém proíbe de ser exibido. No máximo há uma classificação e um aviso dessa classificação.

Desde que não seja com crianças e/ou adolescentes dançando fantasiadas de índia com os seios apenas pintados, o Boi deveria era estar abrilhantando os arraiais.
Não duvido que o fato seja real. Mas é preciso primeiro provar.

Perguntar não ofende:

Que pais são esses que permitem as filhas menores dançarem com os peitos de fora?
Os responsáveis (pais e donos da brincadeira) serão de alguma forma responsabilizados/punidos se ficar comprovado o fato?

O que o promotor pretende fazer com as crianças e adolescentes em situação de rua com a mesma rapidez que agiu neste caso?

O Jornal Aqui Maranhão pode ser considerado pornográfico por estampar umas boazudas na capa e por publicar a foto (reproduziada acima) de uma integrante do Boi Pintado com os seios de fora?

Se eu denunciasse ao promotor que essa foto seria de uma menor, ele pediria a proibição da circulação do jornal imediatamente?

Meu blog é pornográfico por publicar a mesma foto?

Tô só perguntando.

terça-feira, 23 de junho de 2009

CQC e Pânico - Preferidos do público



Levantamento sobre o humor na TV feito pelo Qualibest, instituto que realiza pesquisas para o mercado publicitário, mostra que "Pânico" e o "CQC" são os programas mais queridos no gênero.

Silvio (Ceará) é o personagem favorito do "Pânico". E o "CQC no Congresso" é um dos quadros mais queridos do humorístico da Band. Dos cerca de 2 mil entrevistados da pesquisa, 44% acham completamente aceitável essas atrações ridicularizarem políticos e artistas, ante 16% que não aceitam bem esse tipo de piada.

O "CQC" é apontado por 58% dos participantes da pesquisa como um programa inteligente e que cobra as autoridades, enquanto a maior característica do "Pânico" é o escracho (56%).

A pesquisa mostra ainda que o quadro mais querido do "CQC" é o "Top 5", com 26% dos votos, seguido pelo "CQC no Congresso", com 15%. Já o integrante preferido é Rafinha Bastos, com 18%. Marcelo Tas é o vice, com 14%.

No Pânico, o quadro de Vesgo e Silvio é o queridinho absoluto, com 48% dos votos. Meda vem em segundo, com 8%. Já o integrante favorito é Wellington Muniz (Silvio)(19%), seguido por Vesgo (13%), e Sabrina Sato (13%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Você gosta da sua Vaca?


By Jeisael Marx



Tenho andado muito incomodado com meu status quo nos últimos dias. Sabe quando falam da famosa "zona de conforto"? É mais ou menos isso. Não que esteja eu numa situação confortabilíssima. Eu falo mais no sentido de acomodação nas coisas e projetos que tô tocando. Tudo na mesma área: comunicação. E só. E eu não sou assim. Tô sentindo falta do tesão da época de faculdade.


Isso tem me empurrado a fazer alguns cursos a distância do Sebrae, a ler mais sobre empreendedorismo, a buscar novas idéias de negócio "fora do (meu) quadrado". Principalmente depois de ter visto uma palestra do Walter Longo no Festival de Publicidade de Gramado. Pra mim, a melhor do evento.


Googlando pela net, revisitei uma parábola interessante que traz uma grande lição, porém, junto um monte de dúvidas e incertezas. Conta sobre a única posse que garantia o sustento de uma pobre família: uma vaquinha, que foi jogada no precipício.


Anos após, soube-se que eles se tornaram uma grande família empreendedora, gerando riquezas e benefícios, porque mudaram de vida e descobriram novos caminhos após a perda da vaquinha. (Veja a parábola completa no fim do post)


Diz-se que as parábolas falam das verdades essenciais contidas no subconsciente humano, daí o forte e instantâneo elo com o leitor. São aceitas universalmente como a forma ideal de transmitir ensinamentos complexos em poucas palavras a pessoas comuns. Grandes mestres como Jesus, Buda, Maomé, utilizaram muito este recurso para transimitir ensinamentos.

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Essa da vaquinha no precipício é uma das minhas preferidas, pois trata de tudo que faz parte do mundo empreendedor: segurança, risco, mudança, visão, persistência, etc.


Atirar a vaca precipício abaixo pode significar mudar de ramo de negócio, mudar de emprego, sair de uma sociedade, buscar um novo negócio, mudar de cidade, enfim, fazer algo diferente explorando potencialidades que às vezes nem sabemos que temos.


Só é preciso ser cauteloso e não se empolgar com essas lendas. Não é fácil parar com o que se está fazendo, atirando dívidas e credores no precipício e começar nova vida. Se a idade é pouca, não se é casado e não se tem filhos, começar novamente é mais fácil.


Mas se a idade avança e as oportunidades são poucas? Se as responsabilidades com família já estão sobre o lombo? É preciso ter o plano B, um caminho alternativo. Tudo nesta vida deve ser amplamente estudado e planejado. E isto não está implícito na parábola. Nada acontece como num passe de mágicas. Tem uma frase que é certeira: antes de melhorar, sempre piora. É bom estar preparado pra isso.


Palavras de quem já atirou muitas vaquinhas no precipício, algumas bem gordinhas e leiteiras. Hoje, vejo essa lenda com um pouco mais de cuidado. Mas tenho tido muita vontade ultimamente de atirar uma vaca gorda leiteira no precipício.


Mas será que é possível só colocar a outra bezerra do lado pra engordar e dar leite? É uma outra possibilidade. Enfim, é hora de planejar.


E lembre-se que mesmo que você não jogue sua vaquinha, sempre há a possibilidade de alguém empurrá-la no abismo. Esteja preparado.






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LEIA A PARÁBOLA COMPLETA
Aprecie com moderação.


A VAQUINHA E O PRECIPÍCIO -


Um mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer-lhe uma breve visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos.


Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e sujas. Então, aproximou-se do senhor e perguntou-lhe:
– Neste lugar, não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como a sua família sobrevive aqui?


O senhor respondeu:– Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite. Uma parte do produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por comida e a outra produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo.


O sábio agradeceu, se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu discípulo e ordenou-lhe:– Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e jogue-a.


O jovem arregalou os olhos e questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família; mas, como percebeu o silêncio do seu mestre, cumpriu a ordem: empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.


Anos depois, ele resolveu largar tudo e voltar àquele lugar, pedir perdão e ajudar a família. Quando se aproximou, do local avistou um sítio bonito, com árvores floridas, carro na garagem e crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, imaginando que a família tivera de vender o sítio para sobreviver.


Chegando lá, foi recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre as pessoas que ali moravam. Ele respondeu:– Continuam aqui.


Espantado, entrou correndo casa adentro e viu que era mesmo a família que visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha):– Como o senhor melhorou o lugar e agora está bem?


O senhor, entusiasmado, respondeu:– Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos de fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos e, assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

sábado, 20 de junho de 2009

Operação Manzuá - Tem gente chiando com o toque de recolher.

Tenho vários amigos empresários que estão uma arara com a operação Manzuá. Não só pelo fato de terem de encerrar suas atividades às duas da manhã, o que tem lhes trazido prejuízos. Mas andam reclamando principalmente do tratamento que estão recebendo.
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Contam que alguns dos agentes da fiscalização estariam chegando em seus estabelecimentos com deus-na-barriga, arrotando arrogância e má educação, abordando em tom de ameaça.
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É bem verdade que as reclamações podem até chegar um pouco amplificadas pela revolta dos empresários com os prejuízos sofridos. Tem doído muito no bolso e o grito de dor é proporcional.
Mas eu tive a oportunidade de presenciar uma dessas blitzen na madrugada de sexta-feira, quanto ia tomar um caldinho lá na ponta da areia por volta de 1 e 50 da manhã. Confesso que fiquei pasmo com a abordagem.
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Não sei quem era aquele sujeito que dizia algo mais ou menos assim: "tu vai ver se a blitz voltar aqui e tu ainda tiver aberto. Fica aberto pra tu ver o que vai acontecer".
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Gente, aquilo não existe. Se é pra humilhar é outra história.
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E logo que o comboio saiu, a reclamação foi geral. Ouvi um casal do Rio de Janeiro comentar que já era a segunda vez que eles estavam sendo obrigados a deixar um estabelecimento por conta da Manzuá. Contaram-me que um dia antes foram obrigados a deixar um bar na Litorânea. Estavam bastante chateados.
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Também pudera. A galera aqui tá acostumada a sair de casa já pertinho de meia noite. O dono do bar ou da casa de show só tem até 2 da manhã pra faturar. Fica complicado.
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Não sou contra a operação não. Pelo contrário.
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Tem de por as coisas em ordem mesmo. Só não pode haver exageros.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cliente não é Deus. Deus perdoa; cliente não.


Esse pessoal do comércio em São Luis ainda tem de aprender muito.


Quem é mais importante? O cliente na sua frente no balcão da loja ou o cliente ligando no telefone?


A motivação deste post foi uma situação enfrentada por mim na manhã de hoje na loja FerroVidro na Curva do Noventa. Ao sentar frente a uma das atendentes e tentar relatar a minha necessidade, o telefone na mesa dela toca. Tentei continuar, mas percebi a inquietação da moça até que ela não resistiu ao terceiro toque e atendeu ao telefone, quase ignorando-me.


Claro que levantei da cadeira na mesma hora sem dar nenhuma satisfação e simplesmente saí da loja. Nem sei se até agora ela notou a minha ausência, mas minha presença por lá não mais verá. Menos um cliente. Tudo por causa de um erro de procedimento no atendimento.

Mas quem errou não foi a vendedora. Não é culpa dela. E provo que não é. Havia ali uma disputa por sua atenção. Ela atendeu ao telefone e eu me senti mal atendido. Se ela não atendesse ao telefone, aquele que ligava se sentiria mal atendido. E mais, se ela não atendesse, depois de algum tempo, eu me colocaria no lugar de quem estava ligando e ficaria incomodado pelo fato de ninguém atendê-lo.


Enfim, nesta situação a empresa pode ter o melhor vendedor do mundo que, mesmo assim, terá atendido mal os dois clientes. Ela tinha duas escolhas: deixar o cliente a frente dela insastifeito ou deixar o cliente ao telefone isatisfeito.


Alguns "manuais de atendimento" ainda levam adiante algumas idéias equivocadas de resolver esse problema. Nem vou descrevê-las aqui pra não disseminar a ignorância. Até porque não passam de paleativos e gerariam outras discussões.


Essa tal situação é gerada muito mais por deficiências operacionais e/ou tecnológicas da empresa do que por erro de vendedores/atendimento. Acho que a solução seria separar o atendimento telefônico do atendimento no balcão. Os balconistas só teriam que se preocupar com os clientes na loja e o pessoal do telemarketing só com chamadas e entregas.


A empresa deveria avaliar o volume de vendas por telefone e ver se é interessante implementar um sistema de telemarketing. O que não pode é penalizar o cliente que se dá ao trabalho de ir à sua loja, afinal, entende-se que este já está disposto a comprar.

Segundo o consultor do Sebrae Gustavo Carrer Azevedo, "bons vendedores devem exigir, de suas empresas, condições cada vez melhores de atendimento ao cliente. As empresas, por sua vez, ao fornecer estas ferramentas devem cobrar empenho por parte da equipe para justificar estes investimentos. Como em qualquer relacionamento saudável, os dois lados devem ganhar".

terça-feira, 16 de junho de 2009

VIP LEILÕES NÃO É NADA VIP.


Em fevereiro deste ano, no pregão do dia 14, arrematei para minha empresa um automóvel Gol 06/07 da Vip Leilões. Paguei tudo a vista, conforme a regras do edital. Comissão do leiloeiro, ICMS, o lance e mais a transferência do veículo, que icluia multas e impostos atrasados.


O Veículo, pertencente ao Banco Wolks até aquela data, deveria estar em nome da minha empresa no prazo máximo de 60 dias, segundo o leiloeiro. Prazo máximo em que deveria receber a documentação. Pois bem, estamos em junho. Passados mais de 4 meses, até agora estamos sem poder rodar com o veículo.


Diversas foram as tentativas de falar com uma tal de Dara, pessoa supostamente responsável por resolver problemas dessa natureza. Apenas uma vez consegui falar com a dita cuja. Agora, ela nunca está na sala, ou está ocupada e não pode atender, ou está numa ligação. Sem contar a forma deseducada com que as funcionárias do Sr. Vicente leiloeiro nos tratam. Inclusive, por época do leilão me reportei a ele para relatar a falta de cortesia dessas moças.


Fato é que achei ter feito um ótimo negócio, e estou descobrindo que não fiz. Há 4 meses o carro não está podendo rodar. Pior, meu dinheiro está parado. E ainda tenho que me desgastar ao telefone com um bando de funcionárias incompetentes e mal educadas, que sempre pedem meus dados pra que alguém (tal de Dara) retorne a ligação e nada.
Meus dados já devem estar rabiscados até nas paredes por lá, porque é só o que elas pedem todas as vezes que ligo. A paciência já tá esgotada.



sexta-feira, 12 de junho de 2009

Vida: não há volta


Se pudesse encontrar comigo aos dez anos de idade, diria pra mim mesmo pra aproveitar os momentos ao lado dos primos, pra aproveitar a companhia dos irmãos. Diria pra ter coragem de chorar na frente deles, pra sorrir mais com eles. Pra tentar ser menos competitivo. Pra ter coragem de entrar naquela velha construção. Pra brincar mais no fim de tarde. Pra pedir ao vovô um pouco mais de coca-cola. Diria pra não ter medo de dormir sozinho.

Pra gastar os primeiros trocados com brinquedos. Na verdade, diria pra não ter pressa em ganhar os primeiros trocados. Diria pra mim mesmo pra aceitar o fato de não ter um pai. E viver em paz com isso. Diria pra não chorar escondido. Pra não mentir. Pra não fugir da surra da mamãe. Diria pra chorar depois da surra.

Se pudesse encontrar comigo aos doze anos, diria pra conversar com mamãe. Pra estudar menos na escola e fazer mais amizades, brincar no recreio. Diria pra aprender a dizer não. Diria pra gastar dinheiro com balas e chicletes. Diria pra agradar mais aos colegas do que aos professores. Diria pra ser menos adulto, pra aproveitar a infância irresponsável e descompromissada.

Se pudesse falar comigo aos treze anos, diria pra não sofrer por ela. Insistiria para que vivesse como uma criança e deixasse a maturidade para mais tarde. Diria pra não pensar no futuro. Pra não pensar em posses, em sair de casa.

Se pudesse falar comigo quando ainda era uma criança, diria pra não ter pressa em crescer, pra viver o máximo debaixo das asas protetoras do lar. Diria pra não sair de casa. Diria pra ter mais medo do que coragem.

Diria pra beijar vovó, que a hora dela estava chegando sem avisar. Diria pra não segurar o choro, pra não se envergonhar das lágrimas. Diria pra não esperar o vovô pedir perdão.

Se pudesse encontrar comigo, diria pra esperar mais um pouco. Diria que não era hora de ser adulto. Diria pra ser irresponsável enquanto a idade permitia e a sociedade entendia. Diria pra não ter medo de errar.


Ah, se eu pudesse. Se eu pudesse emprestar a experiência de agora ao jovem de outrora. Experiência de saber que a ausência do medo não representa coragem. Que ser forte é assumir fraquezas. Que ser adulto é um saco. Que ter responsabilidades te amarra, te consome. Que a hora de chorar escondido é agora. Que chegou a hora de guardar segredos, de não mostrar deficiências.

Se pudesse emprestar um pouco de experiência àquele jovem. Ele saberia que era preciso pensar um pouco mais antes de proferir palavras afiadas. Pensar antes de decidir se aventurar ao mundo.

Ei, psiu, garoto. Me ouve!
By Jeisael Marx

quarta-feira, 10 de junho de 2009

RÁDIO TIMBIRA - Da grandeza ao esquecimento ao renascimento

By Jeisael Marx

Recentemente, o rádio AM passa por um processo de abandono e desprezo que fez com que a maioria das rádios de Amplitude Modulada no Brasil fosse vendida ou arrendada para grupos evangélicos. Mais grave que isso, é saber que muitas emissoras estão simplesmente desaparecendo, saindo do ar.

A coisa não é tão grave no Maranhão, onde o Rádio AM mantém boa audiência e ainda não foi afetado majoritariamente pela igrejificação (se é que possa existir esse termo). Em São Luis, por exemplo, apenas uma das emissoras de AM existentes está arrendada a um grupo religioso. Menos mal.

Porém, uma emissora em especial - a Rádio Timbira do Maranhão, oficial do Estado – experimentou em sua história recente baixos índices de audiência e a falta de investimentos, que não seriam de grande custo para o Governo. Isso levou o primeiro veiculo radiofônico do Maranhão ao ostracismo e a decadência, diferente dos anos de ouro em que a Timbira cobria todo o Estado com uma programação que atendia aos gostos dos maranhenses em todos os níveis.

A história do Rádio no Maranhão passa inegavelmente pelos Kilohertz da Timbira e de um elenco de grandes profissionais que por ela passaram desde sua fundação em 1940, a exemplo de Ferreira Gullar, Lauro Leite, Ruy Dourado, Bernardo Almeida, Jairo Rodrigues, Edir Garcia, Alberto Farias, Jota Alves, Jámenes Calado, Canarinho, Mauro Campos, Djard Martins, Fernando Leite, Luís Vasconcelos, entre tantos outros que contribuíram de forma significativa pela excelência dos serviços prestados.

Muitas já foram as tentativas de resgatar o prestígio dos 1290 KHz da Timbira. Até agora, frustradas. E não interessa saber em que momento se iniciou a decadência da Emissora Oficial do Estado. O importante é trazer de volta ao prestígio nossa velha Timbira de guerra. Há que se ter a consciência de que são novos tempos e a Rádio tem de se adaptar a esses novos tempos. Mais do que reconquistar o espaço perdido, a Timbira precisa conquistar um novo espaço.

À frente da emissora agora está o Juracy Filho. Jovem, radialista, amante e entendedor de rádio, e, principalmente, cheio de garra e vontade de (re)fazer a Rádio, apesar das críticas que vem recebendo. Parece que agora sim.

A Rádio tá de casa nova, sendo finalmente remontada, uma verdadeira Fênix renascendo das cinzas. Os profissionais que trabalharão por lá terão estrutura para trabalhar, garante Jurinha.

A Timbira, que ainda está fora do ar, tem tudo pra voltar a ser A Grande Rádio Timbira do Maranhão. É aguardar pra ver, ou melhor, pra ouvir. Ou ver também. De repente uma webcam no estúdio transmitindo as imagens pela internet.

Como radialista e amante do rádio, fico torcendo.