quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Brasil, país de vagabundos (??) ou de ricos (??)

Por Jeisael Marx

Nosso país é mesmo um “filhinho de papai” riquinho. Grande extensão territorial, terras produtivas, belezas e diversidades imensuráveis, riquezas naturais e culturais, minério, petróleo, pedras preciosas, moeda própria, sistema financeiro imitado por muitos países (quase ninguém sabe disso), etc. Porém, pouco desenvolvimento tecnológico e quase nenhuma revolução educacional. Figura na lista dos países mais corruptos do mundo, onde muito dinheiro se perde no ralo da imoralidade política e da sonegação.

Brincam os países ricos e desenvolvidos de verdade dizendo que ricos mesmos somos nós. Pois somos auto-suficientes em petróleo e nossa gasolina está entre as mais caras do mundo – aqui a Petrobrás vende gasolina cerca de 57% mais cara do que ela mesma vende lá fora; temos uma das maiores cargas tributárias do mundo e ainda temos de pagar pra ter educação, saúde, segurança, estradas, etc.; pagamos o dobro do que um americano paga por um carro popular;


pagamos o dobro da tarifa de água, apesar de 1/4 da reserva mundial de água doce estar no Brasil; telefonia e energia elétrica, 60% mais cara – e temos produção de energia limpa e mais barata; o governo fica com cerca de 4 meses do nosso trabalho por ano; pagamos por mês o que o Europeu paga por ano em um empréstimo bancário; a corrupção nos dá prejuízo de 20 bilhões de dólares por ano; nosso parlamento é o segundo mais caro do mundo e o que menos trabalha.


E o Brasil ainda se dá ao luxo de ter o tanto de feriado que tem por ano. E como se não bastasse, ainda tem os “enforcamentos”, que são os dias que precedem ou sucedem feriados perto do final de semana. A coisa é tão desastrosa, que a gente já começa o ano parado: 1º de janeiro já é feriado. Ah, mas neste ano (2009) cai numa quinta, então a gente enforca a sexta. E ninguém vai trabalhar sábado, né? Ou seja, o ano só vai começar mesmo na segunda, dia 5. Sem falar que a galera já não trabalha mesmo desde quarta-feira, dia 31 de dezembro, que ninguém é de ferro.


Mas já-já é o carnaval, pessoal, e o Brasil vai parar de novo por, pelo menos mais 5 dias. E ai vem páscoa, Tiradentes, Dia do Trabalho, Corpus Christi, Independência, Nossa Senhora Aparecida, Finados, Proclamação da República, Consciência Negra, Natal e Ano Novo. Fora aqueles feriados municipais e/ou estaduais pra engrossar a lista.


Pelos meus cálculos, entre feriados e enforcamentos, perderemos 44 dias. E, segundo a Federação das Indústrias de São Paulo, cada dia parado representa prejuízo de 85 bilhões de dólares. Faça as contas. E tire suas conclusões: ou somos muito ricos mesmo, ou somos um país de vagabundos.


E viva o Brasil do futebol, do carnaval, da corrupção, da Igreja Universal, dos impostos, dos analfabetos, da má distribuição de renda e DOS FERIADOS.


Feliz ano novo pra todo mundo.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

MEXENDO NO ENXAME

Nas minhas conversas com alguns colegas editores e donos de produtoras de vídeo em São Luis, tenho percebido como as coisas estão caminhando a La Passitos de Jacko: para trás.

A maioria tem limitado seus investimentos em equipamentos com a desculpa de que o “mercado não paga”. Não paga o suficiente pro cara fazer um investimento numa Placa de Edição que vai trazer qualidade para o trabalho; pro cara comprar uma ilha de edição varada pra melhorar o trabalho dele; pro cara comprar uma Cam profissa pra fazer imagens profissas, etc.

Aliás, câmera pra quê? O mercado só quer VT de cartela, né, pessoal? E mais, quem vai pagar por externa, se tem quem faça VT com externa pelo preço de VT de cartela.
O áudio então. Ah! O mercado não paga. Não paga mais locutor, nem edição de áudio. A moda agora é cortar a qualidade pra baixar preço. O mercado pede isso.

Quem são os culpados? Seriam as Agências, que sabem que o grosso do dinheiro delas é na Mídia e estão pouco se lixando? Seriam as produtoras, que se digladiam no mercado tipo cobra-comendo-cobra? Seriam os clientes que não pagam MAIS? Ou é só o mercado mesmo? São questionamentos, não acusações. Os fatos estão aí.

Certo é que tem alguma coisa errada, muito errada. Pois não é possível que se pratique no mercado de hoje preços mais baixos do que há três ou cinco anos. É o único negócio que sofreu deflação absurda no setor. Porque a mídia ficou mais cara, o papel ficou mais caro, os equipamentos estão muuuuuito mais caros, os salários da galera que trabalha no ramo também, etc.

Mas a gente só sabe chorar e reclamar e chorar de novo. E esquece que quem faz esse tal mercado somos nós. E se nós não fizermos alguma coisa, ninguém vai fazer.

A despeito de tudo isso que tem acontecido, o que sei é que tem gente investindo em equipamentos de ponta, tem boa network e tá entrando no mercado (talvez entre no varejo). Pode ser mais um leão para dilacerar as carnes dessa caça. E que o felino mais forte domine o território!

APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISTO...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres.
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Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.
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Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se.
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Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo...Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses .
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-Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo. -Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.
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Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai , proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.
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Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.
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Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.
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Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando.... 'Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei'.

E vc ainda se acha o máximo qdo consegue dizer: 'O Rato Roeu a Rica Roupa do Rei de Roma.'?
(Colaboração de Marcos Mondego)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Pleonalismo no jornalasmo

Dá vontade de morrer de morte morrida ou suicidar-me a mim mesmo tirando minha própria vida matando-me para que não viva mais e veja e ouça o nível dos textos e a forma como locutam seus textos os jornalistas e/ou repórteres que atuam atualmente na mída impressa, televisiva e radiofônica do Maranhão. Ave-Maria-Cheia-De-Graça. Tá déééémais. O que tem de elisão, pleonasmo, cacofonia, eco, erro gramatical, verbo errado...

Gente, tem coisa que até dá pra passar, mas dia desses na TV Cidade, uma repórter vem com um tal de "...apenas dois plantonistas estavam de plantão...". Não, minha filha?!!! Verdade?

Como se não bastasse emendou com um "...delegado da delegacia..." na mesma matéria. Cruz credo. Me lembra uma vez (faz tempo) no Bandeira 2 quando ouvi que "...no matagal foi encontrado um cadváver morto." De lá pra cá a coisa ja deveria ter melhorado. Pleonasmo só vale o literário, com toda licença poética que o Raul tem pra "Eu nasci, há dez mil anos atrás", ou o Fernando Pessoa para "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal"

Isso não vale para o meu colega radialista que mandou um "quinze horas da tarde" no ar, e vive dizendo que a rádio dele é "primeiro lugar absoluto". Ué, existem dois primeiros lugares? Mas essa é das que dá pra perdoar, pois nesse caso o pleonasmo serve para reforçar uma idéia. Agora não dá pra engolir um "monopólio exclusivo" em pleno telejornal apresentado pelo nosso amigo... opa, sem nomes.

Tudo bem que 'errar é humano', mas peraí, pessoal, bora estudar. Eu ja vou até dar uma contribuição exemplificando abaixo alguns pleonasmos. E pra quem não sabe o que é esse desgraçado aí vai o conceito:

Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a. (fonte: Wikipedia)
O Pleonasmo vicioso trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou idéia na frase. Esse não é uma figura de linguagem, e sim um vício (defeito) de linguagem.

Exemplos de Pleonasmo

"Subir para cima."
"Descer para baixo."
"Elo de ligação."
"Acabamento final."
"Comparecer pessoalmente."
"entrar para dentro."
"sair para fora."
"Acidente não intencional"
"Levantar as mão pro céu"
"O vento sopra"
"Sair fora"
"Há dez minutos atrás"
"Correu a corrida"
"Água líquida"
"Pedra dura"
"Me deu pra mim"
"O filho dela é menino homem"
"Ví com meus próprios olhos"
"Virar a curva"
"Ao amanhecer do dia"
"Multidão de pessoas"
"Encarar de frente"
"Certeza absoluta"
"Anexar junto"
"Escolha opcional"
"Gritar bem alto"
"Repetir de novo"
"Preferir muito mais"
"Consenso geral"
"Sorriso nos lábios"
"Voltar atrás"
"Motoqueiro de moto"
"Vereador municipal"
"Ganhe de graça"
"Concorrer ao sorteio"
"Viúva do falecido"
"Surpresa inesperada"
"Conviver junto"
"10% de dízimo"
"Adiar pra depois"



Ah! e o começo do meu texto é um bom exemplo de pleonasmo. Perceberam, né? Ou não? Ai, meu Deus...