Escrever e falar bem não são das tarefas mais fáceis dessa vida. Isso é fato. Mas, de certo modo, qualquer pessoa pode sim escrever corretamente e expressar de maneira clara suas idéias através da fala. É praticamente algo acessível a todas as pessoas, dependendo de uma série de fatores que, normalmente, podem ser conseguidos individualmente, sem depedência de mestres ou incentivos de qualquer natureza. Claro que a habilidade de combinar palavras, aliada à capacidade de inventar ou narrar histórias e descrever cenários interessantes são bastante pessoais.
Mas não se trata aqui de escrever textos complexos, falar uma língua extremamente rica em seu vocabulário, coisas de difícil entendimento para a maioria das pessoas e que exige estudo mais aprofundado da língua. Não se trata de transformar todos em exímios escritores e oradores eloquentes; trata-se de algo bem mais simples: escrever e falar de forma adequada, clara, fazendo o receptor entender exatamente o que se quis dizer. É simples, mas não é o que estamos acostumados a ver e ouvir. Tanto que salta aos olhos e ouvidos um texto relativamente bem escrito ou um discurso um pouqinho mais cuidadoso que seja.
Numa seleção ou entrevista de emprego, por exemplo, quem será que leva a melhor? Aquele candidato que redigiu seu currículo com certo cuidado ou aquele que não teve habilidade para tal? Aquele que sabe se expressar diante do entrevistador ou aquele que vacila na construção da fala? E olha que, dependendo do emprego pretendido, não é exatamente necessário ter um domínio das letras digno de uma cadeira na Academia Brasileira de Letras.
Em nosso dia-a-dia, podemos notar a importância de falar bem e escrever bem: conquista-se o respeito da pessoas, os lugares de destaque na sociedade, a liderança de um grupo, a promoção na empresa. E quanto maior o domínio da escrita e da fala, maior o nível de conhecimento, e vice-versa, representando um movimento cíclico. O importante é tomar a iniciativa, dar o primeiro passo.
Evidentemente, nenhum ser humano nasce escrevendo ou lendo, é preciso ser treinado. E após essa conquista, carece o aprimoramento através do ato de ler e escrever. Parece óbvio, né? Mas então por que as pessoas não fazem isso? E, se o fazem, por que não fazem bem? Afinal, não bastar ler; é preciso ler "bem". Ler como lazer não é como ler para aprender, infelizmente. Para se aprender mais é preciso analisar o texto, aprender com as construções, o modo como o autor descreve a história, os vocábulos utilizados, etc.
Finalmente, pratica-se a escrita e a fala "imitanto" o que se leu, e, com o tempo, escrever e falar bem se tornará algo simples, natural, sem que haja esforço para isso, aproveitando as vantagens que a boa escrita e a boa fala podem proporcionar.
Jeisael Marx
Aprendiz
(Texto apresentado por mim no ano de 2006 ao professor Emanoel Souza, na disciplina Comunicação Empresarial, do Curso de Graduação em Tecnologia de Gestão Empreendedora, pelo Uniceuma.)