quarta-feira, 20 de agosto de 2008

CAMPANHA POLÍTICA 2008. MAIS TOSCA DO QUE NUNCA.



Começaram os programas de Rádio e TV da campanha eleitoral 2008. Uma coisa não mudou: os velhos candidatos toscos com nomes estranhos e uma apresentação bizarra continuam aparecendo. Uns já são velhos conhecidos; outros chegam para completar o quadro. Mas tudo bem. Eles são os sem-noção mesmo.

Agora o que me deixa entristecido é ver (e ouvir) o nível da produção desse material. Pra ser bonzinho, dá pra chamar de tosco. Mas é fácil entender: deixaram de lado bons profissionais – que, por serem bons, merecem ser bem pagos – para contratar alguns amadores, gente sem know-how, sem registro profissional, etc. por um precinho mais camarada.

Tem locutor de língua presa e "dente serrado" fazendo a campanha de Luis Fernando em São José de Ribamar, tem cantor-metido-a-locutor locutando os programas de Flávio Dino, tem vinhetas feitas nas coxas no rádio e na TV, o único jingle (dos candidatos a prefeito) que presta até agora é o de Castelo, as edições dos programas de rádio são um primor – dos que ouvi só prestam dois. E não pára por aí. Prestem atenção no material gráfico de alguns candidatos. O conceito é muito tosco.

Aí, enche de gente de fora – que também não é lá essas coisas – trabalhando e tirando a oportunidade dos (bons) profissionais daqui fazerem um bom trabalho e ganharem o seu ‘bom dinheiro’, que só dá mesmo pra ganhar nessa época. Agora nem isso mais. Cuidem-se, caros colegas da publicidade maranhense, estão mexendo no nosso queijo. Pensem em como mexer com o queijo deles. Eu já mexo há algum tempo.

Depois vêm esses (políticos) demagogos pra frente da TV falar em geração de Empregro e Renda, Movimentar a Economia Local, blá, blá, blá... Tudo conversa fiada. A primeira coisa que seu Castelo fez foi contratar marqueteiros de fora a peso de ouro. E junto vem uma cambada de “profissionais de fora”, afinal o que vem de fora sempre é melhor que a gente daqui, né, pessoal? Pois lá na terra deles eu é que sou de fora, e faço sucesso. Ah, a agência do Flávio Dino também é de fora. Lembram daquele primeiro panfleto dele ao lado do Lula totalmente tosco? Pois é. Mas esse pessoal de fora é melhor que o nosso.

Nada do que escrevi aqui é novidade, mas este ano a coisa desandou de vez.

A minha solidariedade aos colegas locutores e locutoras Ludovicenses, aos profissionais da publicidade, aos editores de áudio e de vídeo, a todos que ficaram de fora da Campanha este ano porque colocaram amadores em seu lugar ou “gente de fora”, ou porque não quiseram se sujeitar à remuneração de miséria que lhes foi oferecida.

Jeisael Marx

3 comentários:

CARLÃO disse...

JEISAEL, FACO MINHAS AS SUAS PALAVRAS. VOCE FALOU POR MUITOS QUE NAO TEM A MESMA CORAGEM DE FALAR. PARABENS PELA INICIATIVA, E VAMOS MOSTRAR PARA ESSES CARAS QUE ESTAO CONTRATANDO PROFISSIONAIS DE FORA, QUE AQUI EXISTEM PROFISSIONAIS COMPETENTES, COM QUALIDADES INFINITAMENTE SUPERIORES AOS DE FORA, MAS NAO TEM OPORTUNIDADE PARA MOSTRAR ISSO. PREFEREM PAGAR E GERAR RENDAS E EMPREGOS FORA DO NOSSO ESTADO. E OLHA QUE SAO ELES QUE VAO ADMINISTRAR A NOSSA CIDADE. SE NA CAMPANHA JA ESTAO CONTRATANDO, IMAGINE QUANDO ASSUMIR !!!!!!!!
GRANDE ABRACO.
CARLAO (BAGASOUND E REFRAO ESTUDIOS)

Anônimo disse...

Concordo quando falas na desvalorização da nossa mao de obra, portanto quem é realmente bom com certeza nessa época faz é recusar ofertas de trabalho.

Acho totalmente anti-etico vc se referir aos profissionais e suas respectivas campanhas, pois mesmo sem citar os nomes, quem trabalha no meio sabe de quem vc está falando. Acho que não é por ai.Independente do resultado final do trabalho de fulano ou ciclano , antes de tudo todos sao colegas de trabalho e devem ser respeitados. O mundo pode dar voltas.

Jeisael Marx disse...

Gostaria de dizer que respeito a opinião do(a) ANONIMO acima e até por isso a publiquei. E não teria nenhum problema em se identificar, seja quem for.É preciso ter coragem e dar a cara a tapa como eu fiz. Poderia não publicar o seu comentário por ser anônimo, mas o fiz. O anonimato é um ato de covardia.